Primeiro de tudo: nenhuma leitura prévia é necessária. Mas aqui fica um conjunto um pouco mais detalhado de instruções, organizações eĮtceterações, pra você poder decidir se quer mesmo cursar e, depois disso, pra poder acompanhar o andamento das atividades e tals.)

Compreender o projeto de Joyce ao propor esse desafio a gerações de leitores é, mais que fundamental, perigoso e, por isso mesmo, potencialmente iluminador para toda a teoria do romance.

Se é de alguma maneira ponto pacífico que o Ulysses pode ter representado uma espécie de “suma” do romance modernista, encenando um ápice e, nesse mesmo processo, um questionamento violento dos elementos do romanesco em princípios do século XX, o Finnegans Wake, incalculavelmente mais radical, mais arriscado e mais pretensioso, continua em considerável medida “não lido” e talvez “não legível” graças a suas próprias premissas básicas. Discutir a possibilidade da legibilidade do romance, o que significa, nos termos forçosamente definidos pela própria obra, discutir inclusive o que significa a “legibilidade” dentro da tradição do romance, e em que medida essa categoria pode ter sido refundada no projeto linguístico radicalizado de Joyce. O que já é bastante.Īpresentar possibilidades de leitura e “interpretação” do romance final de James Joyce, com especial atenção para os tensionamentos e questionamentos propostos pelo Finnegans Wake para categorias chaves da teoria do romance e da teoria literária, como um todo. Para chegarmos aí, no entanto, vamos necessariamente ter de dedicar boa parte do curso a uma introdução geral ao livro e à análise conjunta de trechos escolhidos. Wake é o necessariamente incompreensível enunciado que diz o inefável, como fica a situação, em qualquer esquema que se pretenda conceber, do leitor, do intérprete, Se o livro de Joyce se organiza como tentativa de dizer da única maneira possível algo que prévia e continuamente foi e é identificado como indizível ou seja, se o A disciplina pretende discutir questões que podem ter interesse para a teoria literária e a teoria do romance, a partir de um problemaĭe um texto problema, o Finnegans Wake, de James Joyce.

Finnegans wake de james joyce